O cinema é capaz de proporcionar momentos memoráveis. Na fantástica mistura de cores, música, movimento e diálogos, alguns filmes marcam as vidas das pessoas. E mais do que isso, determinadas cenas entram para a história, seja por sua beleza ou importância.
A Cena: O mestre do cinema Billy Wilder sabia como provocar a plateia sem ser apelativo. Logo no começo do filme ele mostra como a onda de calor que toma conta da cidade mexe com a cabeça dos homens. Esses provam de um gostinho de liberdade, já que suas esposas e filhos viajam para curtir as férias de verão, e assim, muitos deles aproveitam para "exercer" a infidelidade.
Acontece que Sherman não é um desse tipo. Não é até conhecer a personagem de Marilyn. Depois de se encontrarem no hall do prédio, um tanto encantado com o sorriso da loira, após de algumas bebidas, conversas e flertes, os dois acabam por sair para passear. Eles vão a um cinema e, em seguida, ao fim da sessão, a personagem de Marilyn, simplesmente maravilhosa e um tanto calorenta, percebe que a ventilação do metrô gera uma sensação refrescante.
Então, ela se posta lá e promove uma das cenas mais marcantes do cinema, com a loira sorrindo de prazer com o vento que atiça seu provocante vestido branco para o alto, sempre se insinuando em revelar algo. A tentativa original do diretor era gravar a passagem em uma tomada externa, mas a loucura dos fãs e curiosos, além da insatisfação do diretor com as tomadas, obrigou a equipe a refazê-la dentro de um estúdio.
Marilyn apareceu para fazer as fotos promocionais do filme, marcadas para madrugada em plena rua Lexington, em Nova Iorque - em que repetiria para fotos a cena do vestido branco levantado pelo vento da grade do metrô - da mesma maneira como sempre dormia. Sem calcinha.